Ao final da ultima sexta-feira, dia 12 de outubro, morreu aos 85 anos, em conseqüência de um câncer no pulmão, o maior ator do teatro brasileiro, Paulo Paquet Autran, conhecido como o “rei dos palcos”.
Ele estava internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo desde o dia 10, por complicações intestinais. O médico-escritor Drauzio Varella anunciou que o seu estado de saúde era grave.
Autran deixa porém muitos de seus imortais personagens, sempre justamente e imensamente aplaudidos por milhares de espectadores que lotavam qualquer uma de suas peças nos palcos do Brasil.
Na TV brasileira participou de duas importantes novelas: Gabriela Cravo e Canela (1960) e Guerra dos Sexos (1983). No cinema foi um dos escolhidos para o genial filme do Cinema Novo de Glauber Rocha, Terra em Transe (1967), e mais recentemente na trama O Ano em que meus pais saíram de férias (2006), de Cao Hamburger, longa metragem que representará o Brasil no Oscar 2008. Mas é o teatro o principal habitat de Paulo Autran, nos seus 57 anos de carreira.
A primeira peça, num total de 90, foi quando ainda era um estudante de Direito no Largo São Francisco em Sampa, Um Deus dormiu lá em casa (1949), de Guilherme Figueiredo. A ùltima, O Avarento (2006), de Jean-Baptiste Poquelin (Molière). Interpretou em peças famosas de Shakespeare, como Otelo, O Rei Lear, e de Cervantes, como Don Quixote.
Muitas personalidades brasileiras repetiam em entrevista o famoso jargão: “Uma grande perda”. Autran merece muito mais que tal simples comento. O mais justo seria: O mundo do espetáculo saúda um dos gênios que mais contribuiu à profissão de autor na història do cinema, TV, ràdio e acima de tudo do Teatro.
As cortinas do crematório Vila Alpina, zona leste de São Paulo fecharam-se às 13h10 deste sábado na derradeira despedida terráquea ao autor. Presentes no local familiares e alguns amigos.
A atriz Karin Rodrigues, esposa, disse aos jornalistas presentes: “A verdadeira crença do Paulo era no ser humano e na arte”.
Encerro meu sábado em silêncio, numa espécie de luto.
ITALIANO: è morto venerdì scorso, il 12 ottobre, a San Paolo, Paulo Autran, 85 anni, vittima di cancro nei polmoni.
Era il principale attore del teatro brasiliano, in un totale di 90 pezzi in 57 anni di carriera sui palchi. L’ultima è stata L’Avare (2006), di Molière.
Autran ha interpretato anche in TV, sulla Radio e al cinema. Tra i film, Terra em Transe (1967), di Glauber Rocha, e La stanza del nonno (2006 – “O Ano em que meus pais saíram de férias”), di Cao Hamburger.
Un genio dello spettacolo che d’ora in poi sarà applaudito – in piedi – dai angeli e dai dei in cielo.
Oggi vado letto zitto, in luto, ma addirittura lo saluto caldamente con un ultimo applaudo.
Link You Tube (con Paulo Autran - Teatro L'Avare, di Molière): http://www.youtube.com/watch?v=aw1D8QayX78
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